De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E de bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinícius de Moraes
Acho esse soneto muito triste, mas quem nunca teve um momento triste assim na vida?
Muito bonito este soneto apesar de triste.
ResponderExcluirVotos de uma boa semana.
Bjs
oi paula! obrigada pelo carinho! ótimo são joão!
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